16 Dez O projecto RAIA TERMAL confirma que os territórios com potencial no termismo e na natureza oferecem ao mundo rural oportunidades para o futuro
- Será um destino transfronteiriço de turismo termal, natural e cultural relevante na Península Ibérica, partilhando uma estratégia turística única e comum sob o lema, RAIA TERMAL: um destino em dois países.
- “É importante destacar o valor social e económico do sector termal e tornar visível a importância da actividade económica que gera” explicou José Antonio Quiroga, líder do grupo.
- “O POCTEP é um instrumento financeiro que permite melhorar os ambientes fluviais como complemento do valioso património natural e cultural presente no território da região”, concluiu Quiroga.
Melgaço, 16 de Dezembro de 2021.- Os parceiros do projecto POCTEP Raia Termal realizaram hoje no município português de Melgaço o Dia de Encerramento em que avaliaram positivamente a cooperação transfronteiriça e concordaram em confirmar que os territórios com potencial no termismo e na natureza oferecem ao mundo rural oportunidades para o futuro.
No evento, desenvolvido nas Termas do Peso, estiveram presentes os presidentes do CHMS e da Diputación de Ourense, José Antonio Quiroga e Manuel Baltar, respectivamente, e o presidente da Câmara Municipal de Melgaço, Manoel Batista, na qualidade de anfitrião. Por outro lado, o quarto parceiro no projecto, Manuel Tibo, presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro, pediu desculpa por não comparecer.
O projecto foi explicado pelo director do projecto, Manuel G. Sarria, detalhando cada uma das acções desenvolvidas. Neste sentido, falou da recuperação de espaços fluviais afectados por águas residuais em ambientes térmicos, através de obras nas zonas de Os Baños de Riocaldo, Lobios, e no Regato de A Pousa em Muiños.
Referiu-se ainda a acções orientadas para a protecção e valorização dos espaços naturais que complementam a oferta de lazer associada ao turismo termal transfronteiriço, entre as quais se destacam, na parte espanhola, a zona de autocaravanas em Bande, a sinalização da “Rota Termal de Cortegada”, a construção da barragem amovível, a ponte pedonal no rio Caldo e a ciclovia em Lobios e o caminho para Illa de Pazós em Muiños.
De igual modo, em território português, destacam-se a limpeza da linha de água nas Termas do Peso, a restauração arborizada do parque termal e a colocação de contentores do metro no concelho de Melgaço, e a recuperação ambiental e acesso ao rio Gerês, em Terras de Bouro.
Relativamente à gestão e promoção conjunta do destino, explicou a concepção de vários produtos turísticos que combinam os diferentes recursos e serviços do território transfronteiriço, como um reforço da oferta actual.
Como complemento às explicações, foram reproduzidos vídeos promocionais que mostram claramente as qualidades e potencialidades do território Raia Termal, sob o lema “Acalme a sua sede de viajar”, imagens que estão disponíveis na web https://www.raiatermalou.com/.
Como evento principal e conclusões do dia, os presidentes das entidades parceiras tiveram a oportunidade de avaliar positivamente os resultados obtidos e de levantar a possibilidade de continuar a coordenação e cooperação entre os territórios da Raia.
“É importante destacar o valor social e económico do sector térmico e tornar visível a importância da actividade económica que este gera” explicou José Antonio Quiroga, presidente do CHMS e líder do projecto.
“Os POCTEP são um instrumento financeiro que permite melhorar os ambientes fluviais como complemento do valioso património natural e cultural presente no território da Rhaecia”, concluiu Quiroga.
“Este projecto permitiu-nos abraçar os territórios, criar relações nos territórios, criar pontes que durarão para outros e maiores projectos que a cooperação tem de fazer. Com o projecto “Raia Termal” conseguimos levar a cabo acções relevantes de ambos os lados da fronteira.
Todos sabemos hoje que sem uma cooperação estreita entre ambos os lados da fronteira não conseguiremos fazer o caminho certo para os territórios.
Só com a atractividade do ponto de vista industrial e a aposta no desenvolvimento num conjunto de áreas importantes nos nossos territórios, seremos capazes de trazer economia e mais qualidade de vida para os territórios. Estes são alguns dos desafios importantes, na minha opinião, do que é a cooperação. E o grande resultado é, sem dúvida, a aproximação dos territórios, uma maior ligação entre eles.
Os desafios são grandes. Devemos aproveitá-los para trazer mais desenvolvimento a ambos os lados das fronteiras”. – disse Manoel Batista, Presidente da Câmara de Melgaço.
Agora é altura de começar a pensar no programa “Raia Termal II”, disse Manuel Baltar, “que se nesta primeira ocasião tivesse um título, no próximo projecto deveria chamar-se assim, porque penso que somos um país único”, observando a este respeito que “sinto-me em casa na condição de Ourense como a província espanhola que tem mais quilómetros de fronteira com Portugal e os laços estreitos e históricos que nos ligam”.